Salvador, 26/11/2025 23:37

Brasil

João Roma afirma que processo contra Bolsonaro no STF teve cartas marcadas: “Condenado não por corrupção, mas por vingança”

João Roma
Foto: Max Haack
Luana

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O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, criticou nesta terça-feira (26), a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Roma afirmou que o desfecho do julgamento era “um processo de cartas marcadas”, pois, segundo ele, “antes mesmo da sentença, todos já sabiam qual seria o resultado”. Ele se solidarizou com o ex-presidente, a quem chamou de “maior e mais forte liderança política do país”.

“É impossível chamar isso de Justiça. O que vimos foi um processo com resultado anunciado, em que a condenação de Bolsonaro já estava escrita antes mesmo dos votos. Não se trata de julgamento, mas de vingança política, algo sem precedentes na história do Brasil. O processo foi apenas para dar um ar de Justiça, mas todo mundo já sabia qual era o resultado que eles queriam: a condenação de Bolsonaro, que vem sendo vítima de uma perseguição que só se vê em países autoritários”, declarou Roma.

A declaração do ex-ministro acontece após o ministro do STF Alexandre de Moraes decidir manter a prisão de Bolsonaro, declarando o trânsito em julgado do processo, oficializando a condenação definitiva e iniciando o cumprimento da pena. O dirigente baiano afirmou que a decisão da Corte reforça o que considera uma perseguição sistemática contra Bolsonaro, que, segundo ele, “vem sofrendo humilhações sucessivas, pressões psicológicas e ações desumanas por parte de setores do Judiciário”.

Roma destacou que Bolsonaro está sendo condenado e mantido preso não por corrupção, mas por motivos políticos, enquanto Lula e antigos aliados do PT, segundo ele, “retornaram ao poder mesmo após escândalos comprovados”.

“Bolsonaro não foi condenado por desviar dinheiro público, por roubo, por corrupção. Nada disso. Ao contrário de Lula e de tantos aliados do PT, que estiveram no centro dos maiores escândalos da história. Bolsonaro é preso e condenado por perseguição política, por um sistema que tenta calar quem representa milhões de brasileiros”, afirmou.

Roma voltou a denunciar que o ex-presidente tem sido submetido, há meses, a uma “verdadeira tortura psicológica”, e classificou como cruel o fato de o STF manter a prisão num momento de fragilidade de saúde. “Estão querendo destruir Bolsonaro física e psicologicamente. Ele enfrenta crises de soluço, vômitos, e complicações sérias da facada que quase o matou. Submeter um homem nessa condição a esse tipo de prisão é crueldade deliberada. Estamos falando de um homem de 70 anos com diversos problemas de saúde. Isso é desumano”, salientou.

O ex-ministro criticou diretamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Primeira Turma, acusando a Corte de agir com “passionalismo” e “viés ideológico”. “Estamos vendo decisões que lembram tribunais de regimes autoritários. O Supremo, que deveria pacificar a nação e defender a Constituição, virou palco de posições ideológicas radicais. Isso não fica atrás do tribunal montado por Hugo Chávez na Venezuela”, disparou.

Ao comentar o impacto político da decisão, Roma afirmou que o objetivo final da perseguição é atingir não apenas Bolsonaro, mas o movimento político que ele representa. “Não se prende uma ideia, não se prende um movimento que nasce do povo. O que está acontecendo é uma tentativa explícita de criminalizar um projeto político e silenciar milhões de brasileiros que acreditam em um Brasil livre, soberano e sem corrupção, um Brasil que respeita e valoriza a família, a fé em Deus e os bons valores”, frisou.

Luana
Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Prefeitura de Salvador e Texto&Cia.

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