Após o anúncio da suspensão das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, se manifestou publicamente e cobrou agilidade na retomada dos trabalhos. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (3), no Centro de Convenções de Salvador, o gestor municipal relatou que esteve com representantes da BAMIN, responsável pela obra, para tratar da paralisação e dos impactos diretos sobre os trabalhadores e a economia regional.
“A responsabilidade, a gente tem que ter de assumir e ir pra cima, cobrar de quem de fato [tem responsabilidade]”, afirmou Valderico. “Tive essa semana com o pessoal da Bamin, onde fui comunicar a paralisação da obra. Aconteceu a demissão dos trabalhadores, mas essa obra não tem como ficar parada.”
A Fiol teve suas atividades suspensas após o rompimento do contrato entre a BAMIN e a Prumo Engenharia, anunciado na terça-feira, dia 1º. A BAMIN já havia investido R$ 784 milhões na execução da ferrovia. O governador Jerônimo Rodrigues havia antecipado a possibilidade de troca da empresa caso o cronograma não fosse cumprido até 31 de março.
Segundo Valderico Junior, há movimentações para que o projeto continue, com interesse declarado da mineradora Vale e de um grupo inglês em assumir a execução. “Já existe o interesse da Vale, já existe o interesse do grupo inglês também, que já conversa sobre essa intervenção. Mas já tem trecho com mais de 67% concluído, então a gente precisa acelerar.”
O prefeito ressaltou ainda a importância estratégica da Fiol para o sul da Bahia. “Não tem outra saída a não ser a região de Ilhéus pra esse escoamento. A gente sabe o quanto isso vai mudar a realidade da nossa região. Então vamos trabalhar muito pesado, cobrando agilidade com tudo isso, porque tem que crescer a região com todo mundo.”

