O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Zé Trindade, afirmou nesta segunda-feira (15) que as obras de macrodrenagem em execução em Salvador representam a maior intervenção do tipo já realizada no Estado, reunindo impacto técnico, social e político. A declaração foi feita durante vistoria técnica no trecho do Rio Mangabeira, acompanhada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
“É a maior obra de macrodrenagem feita em todos os tempos na Bahia”, disse Trindade, ao detalhar a dimensão do projeto, que soma pouco mais de 10 quilômetros de canais entre os rios Jaguaribe e Mangabeira. Segundo ele, apenas o canal do Mangabeira concentra cerca de 5,2 quilômetros de extensão.
De acordo com o presidente da Conder, o complexo de intervenções já alcança aproximadamente R$ 500 milhões, valor que inclui obras e desapropriações. Somente neste trecho, segundo Trindade, foram realizadas 792 desapropriações. “Você tem aqui um aspecto social muito forte. Não é só resolver um problema histórico de alagamentos, mas também promover urbanização e valorizar os imóveis da região”, afirmou.
As obras de macrodrenagem são executadas pela Conder e tiveram início ainda na gestão do então governador Rui Costa. O trecho do Rio Jaguaribe já foi concluído, com entregas parciais em 2018 e 2022. Já o canal do Rio Mangabeira está com cerca de 80% de execução e tem previsão de conclusão no primeiro semestre de 2026.
O investimento específico no projeto em Salvador supera R$ 272 milhões, segundo o governo estadual. Durante a vistoria, Zé Trindade destacou a complexidade técnica da intervenção, classificando-a como um marco para a engenharia urbana no Estado.
Além do recorte local, o presidente da Conder afirmou que Salvador está inserida em um pacote mais amplo de obras de drenagem financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nós temos mais de R$ 1 bilhão via PAC que serão distribuídos por Salvador e mais de 16 cidades da Bahia”, disse.
Trindade também ressaltou o caráter político da iniciativa, ao associar as obras à articulação entre os governos estadual e federal. “É uma parceria Bahia-Brasil, com o presidente Lula, o governador Jerônimo e o ministro Rui Costa, que viabilizou não só essa obra, mas todas as outras”, afirmou. Segundo ele, a cooperação institucional tem sido decisiva para ampliar investimentos em infraestrutura urbana e reduzir problemas históricos de alagamento na capital baiana.
