Às vésperas das grandes celebrações do verão soteropolitano, o vereador George Reis, conhecido como Gordinho da Favela (PP), chamou atenção para a importância dos ambulantes no movimento econômico da cidade. Segundo ele, é impossível discutir geração de renda neste período sem reconhecer o protagonismo desses trabalhadores nos principais eventos culturais.
O parlamentar destacou que celebrações como a Lavagem do Bonfim, a Festa de Iemanjá e os tradicionais ensaios de verão atraem visitantes de todo o país e do exterior, mas é a atuação dos ambulantes que mantém o ritmo cotidiano das festas. “Os ambulantes são empreendedores que estão na linha de frente da nossa cultura e da nossa economia. Eles não apenas vendem um produto; eles oferecem a experiência autêntica das nossas festas. São eles que garantem que o turista encontre a água gelada, o acarajé quentinho e as lembranças do nosso povo”, afirmou.
Economia que gira na base
George Reis ressaltou que os vendedores de rua movimentam a economia diretamente dentro dos bairros, gerando renda e sustentação financeira para milhares de famílias. Muitos ambulantes dependem do faturamento obtido durante as festas populares para manter o orçamento anual.
“O dinheiro que o ambulante ganha nas festas circula diretamente na comunidade. É o aquecimento da economia na base, garantindo dignidade e emprego. Por isso, a atividade deles precisa ser vista não como um problema, mas como uma solução econômica e social”, pontuou o vereador.
Regulamentação como ferramenta de inclusão
Para que esse potencial seja plenamente aproveitado, George defende que o Município avance na regulamentação e organização da categoria. Ele enfatiza que regras claras, espaços delimitados e licenças acessíveis são essenciais para garantir segurança jurídica, ordenamento urbano e boas condições de trabalho.
“É dever do poder público criar condições para que esses trabalhadores possam exercer suas atividades com tranquilidade, sem medo de fiscalização abusiva, e com a certeza de que estão contribuindo legalmente. Uma regulamentação clara e acessível transforma a informalidade em oportunidade”, concluiu, reforçando o compromisso de dialogar com a Prefeitura para aprimorar as políticas de apoio ao comércio ambulante.
