O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), negou nesta terça-feira (18) que exista qualquer clima de descontentamento entre os partidos aliados que possa desencadear novas migrações para o bloco de ACM Neto (União Brasil). Em entrevista à imprensa, o parlamentar afirmou que há “relativa satisfação” na relação com o governo Jerônimo Rodrigues e classificou a candidatura do ex-prefeito de Salvador como “derrotada”.
“Acho que não, porque há uma relativa satisfação na relação com o governo. Ainda hoje, chegaram reunidos os deputados aqui ligados ao Solidariedade, que é aliado do governador. O governador recebeu as bancadas, tem conversado, tirado todas as dúvidas que possam ter, e não vi nenhuma insatisfação ao ponto de ser respondida com uma mudança de lado”, explicou Rosemberg, destacando a interlocução ativa entre o Executivo e suas bancadas.
O líder governista afirmou que as saídas de Nelson Leal (PP) e Cafu Barreto (PSD) não surpreenderam o governo. “As duas saídas já tinham suas manifestações feitas anteriormente, eu vim acompanhando. É natural, o governo também já sabia que havia essa perspectiva”, observou o parlamentar.
Apesar disso, Rosemberg admitiu um desconforto pessoal com as mudanças: “É lógico que, para nós, principalmente aqui, a gente que conviveu durante esse período na base de governo, é lógico que a gente sente assim uma certa… estranheza. Mas, de qualquer maneira, é um direito de cada um”.
Ao comentar o reposicionamento de Cafu Barreto e a adesão à oposição, Rosemberg foi direto ao avaliar as chances do principal adversário político do governo. “Acho que, se ele me pedisse a opinião, eu ia dizer que ele estava errado, porque ele está indo para uma candidatura, na minha opinião, derrotada”, afirmou.
O deputado ponderou, porém, que a oposição enxerga o cenário de outra forma: “Esse é o sentimento dos colegas da oposição aqui na casa, que é uma candidatura com suas dificuldades, mas é uma opção deles”.
Sobre Nelson Leal, Rosemberg sugeriu que fatores não eleitorais podem ter influenciado a decisão. “A política também tem outras movimentações que não são só eleitorais. O Nelson Leal não é mais movido sobre a reeleição, não é a motivação da sua reeleição, exatamente são outras motivações que só ele poderá obviamente dizer para o público”, concluiu.

