O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que irá atuar para garantir a permanência do senador Angelo Coronel (PSD) na chapa majoritária do grupo governista nas eleições de 2026 e defendeu que a definição ocorra a partir de uma decisão coordenada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
A declaração foi dada em entrevista à rádio Metrópole, na sexta-feira (14), em meio às discussões internas sobre a composição da aliança liderada pelo PT na Bahia.
Segundo Otto, cabe ao governador conduzir o processo de definição da chapa. “O governador vai para a reeleição e, na minha opinião, o governador é quem coordena a candidatura, quem preside as eleições no grupo”, afirmou. Ele disse que ainda não houve uma reunião formal para tratar do tema com os principais líderes da base. “Ainda não houve essa decisão, não houve essa reunião com o Wagner, com o governador Jerônimo, com o Rui e comigo e Angelo Coronel”, disse.
O senador argumentou que a lógica política aponta para a recondução dos atuais integrantes da chapa. “O normal é a reeleição de quem está na chapa, de quem lutou, de quem acreditou na proposta de 2010, como eu acreditei, de 2014, 2018, 2022”, afirmou. Para Otto, a discussão deve avançar no início de 2026. “Agora em janeiro, por aí, vamos ter que sentar para tomar uma decisão.”
Apesar de defender a unidade do grupo, Otto ressaltou que ela passa, necessariamente, pela presença do PSD. “Eu vou lutar sempre pela unidade, mas nessa unidade tem que ter a presença do PSD na chapa”, declarou.
Questionado sobre a possibilidade de Angelo Coronel disputar a eleição de forma independente pelo partido, Otto evitou alimentar especulações e criticou o debate público antecipado sobre a composição da chapa. “Tem projeções que se fazem. Se todos pudessem ficar calados, estaríamos vivendo um momento muito melhor”, afirmou.
O senador disse que comentários e hipóteses divulgadas antes da hora contribuem para tensionar o ambiente político. Ele citou declarações do senador Jaques Wagner (PT) sobre uma eventual “chapa dos três governadores” como inesperadas e fora de contexto. “Foi uma coisa inesperada, fora do tempo, totalmente extemporânea”, disse.
Segundo Otto, a antecipação do debate gera suposições que podem não se confirmar. “Ficam fazendo suposições que pode ser que não aconteça”, afirmou, ao defender que as decisões sejam tomadas no momento adequado e de forma reservada dentro do grupo governista.
