Líder do Partido Progressista na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado estadual Niltinho falou sobre os possíveis desdobramentos da fusão partidária envolvendo o PP com outras legendas e não descartou a mudança de sigla. O parlamentar, no entanto, afirmou que a decisão final será tomada com calma, diálogo e ouvindo o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Durante a solenidade pelos 100 anos da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), nesta terça-feira (29), ele disse: “Esse movimento da federação aconteceu com muita intensidade há uns dois, três meses, mas esfriou. Foi anunciado que haveria uma fusão, mas até agora isso não foi oficializado junto ao TSE. Então, a gente está aguardando pra saber se de fato isso vai se concretizar”.
Em seguida, Niltinho destacou que, embora haja convites públicos de outras siglas como o PSB, presidido na Bahia pela deputada federal Lídice da Mata, e o Avante, comandado por Ronaldo Carletto, a definição sobre uma eventual saída do PP será tomada coletivamente pelos parlamentares da legenda.
“Quero agradecer a Lídice, ao presidente do PSB, ao ex-deputado e presidente do Avante, Geraldo Carletto, e a outros líderes que manifestaram disposição de nos acolher. Mas a decisão só será tomada após a definição sobre a federação e após ouvirmos o governador”, detalhou.
Além disso, o parlamentar frisou que a escolha não será imposta a Jerônimo, mas que o grupo valoriza o alinhamento com o projeto estadual. Ele pontuou que há uma coesão entre os quatro deputados estaduais do PP – Eduardo Salles, Niltinho, Robinho e Antônio Henrique Júnior – no sentido de buscarem juntos uma nova legenda, caso o cenário se confirme.
“Não vamos jogar a responsabilidade no colo do governador. Ele não está aqui para isso, mas é nosso parceiro e será ouvido. Nosso objetivo é continuar caminhando juntos”, completou.
Com a janela partidária prevista apenas para abril de 2026, Niltinho destacou que ainda há tempo para maturar a decisão. “Essas mudanças no tabuleiro político podem ocorrer a qualquer momento. Mesmo partidos que hoje parecem fechados para 2026 podem se reorganizar. A política é dinâmica”, concluiu.

