A vereadora Marta Rodrigues (PT) manifestou solidariedade à presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputada Ivana Bastos, nesta quinta-feira (4). Marta pontua que Ivana foi vítima de machismo praticado no plenário pelo deputado Alan Sanches (UB). Para a vereadora, “se o comando da Casa estivesse nas mãos de um homem, o parlamentar estadual não teria adotado a mesma postura de gritos, descontrole e afronta”.
“É inconcebível que, em pleno Parlamento baiano, uma mulher que ocupa legitimamente a presidência da Casa seja alvo de descontrole, gritos e desrespeito. Tenho convicção de que, se no comando estivesse um homem, a postura não teria sido a mesma. O que vimos foi uma nítida expressão do machismo estrutural que permeia nossas instituições”, afirmou Marta.
Segundo a vereadora, o caso reforça a necessidade de que o Legislativo tenha mais consciência sobre o peso do machismo estrutural e destaca a necessidade de mais mulheres nos espaços de poder para combater “esse preconceito que inferioriza as mulheres para promover dominação”.
“A falta de debate sobre equidade de gênero e a ausência de políticas institucionais contra o machismo resultam em episódios como esse. Falas e atitudes machistas também levam à frente o baixo número de mulheres ocupando cargos de liderança. Precisamos criar e implementar medidas antissexistas nos espaços legislativos e, também, nos espaços institucionais do dia a dia”, acrescentou.
Marta disse ainda que “o machismo opera de forma perversa, inclusive por meio de mecanismos psicológicos como o gaslighting, o mansplaining e o manterrupting, que diminuem, deslegitimam e tentam silenciar a presença feminina.”
A vereadora completou: “Quando um homem se permite interromper, gritar e desrespeitar uma presidente da Assembleia, não está afrontando apenas uma pessoa, mas todas as mulheres que lutam diariamente por respeito e reconhecimento”.
Além disso, a vereadora destacou a trajetória de Ivana Bastos, que é a primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa da Bahia em toda a sua história.
“Ivana é uma parlamentar com décadas de atuação, com experiência, firmeza e legitimidade para conduzir os trabalhos. O Parlamento precisa dar exemplo e esse exemplo passa pelo reconhecimento de que o machismo não pode mais ter espaço”, pontuou a vereadora.

