Um ex-funcionário do Ministério dos Direitos Humanos acusou o ex-ministro Silvio de Almeida de assédio moral e ameaças.
Silvio deixou o cargo na última semana após denúncias de assédio sexual e importunação. Segundo Léo Pinho (PT), Silvio tinha comportamento agressivo e não gostava de ser contrariado.
“O ministro me chamou para o gabinete dele, me disse que eu era incompetente e uma vergonha. Deu murros na mesa, bateu no próprio peito, foi agressivo, gritou, levantou da cadeira dele e veio do meu lado, a uns 20 centímetros, para me intimidar. Pensei que ele ia me agredir, me dar um soco”, relatou em entrevista para a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Léo Pinho, que ocupou durante 2023 a Diretoria de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua, revelou ter sofrido uma ameaça de uma pessoa desconhecido, por telefone, na última semana, quando surgiram as primeiras denúncias contra Silvio.
“Não vou aceitar. O complô vai ser desmantelado. Para de falar. O Silvio é sócio de grandes escritórios de advocacia. É sócio do Walfrido Warde”, teria dito a pessoa misteriosa.
Silvio Almeida deixou o Ministério dos Direitos Humanos após a escalada de denúncias sobre seu comportamento. Entre as supostas vítimas de importunação sexual, está Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

