O presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Éden Valadares, afirmou, nesta segunda-feira (7), que o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, vive um momento de isolamento político tanto no estado quanto no cenário nacional. Segundo o dirigente petista, o ex-prefeito de Salvador conduz um projeto de poder “estritamente pessoal” e perdeu relevância entre lideranças da própria legenda e do espectro político mais amplo.
As declarações de Éden ocorrem poucos dias após o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à Presidência da República, evento realizado na última sexta-feira (5), em Salvador. A ausência de ministros, prefeitos e parlamentares da sigla no encontro foi apontada por Valadares como sinal do enfraquecimento político de ACM Neto. “Nem mesmo o presidente do União Brasil veio”, destacou o dirigente.
Para Éden, a falta de diálogo de Neto com prefeitos e lideranças locais tem ampliado seu afastamento da base. “É um projeto de poder pelo poder, porque ele acha que essa terra é herança dele”, afirmou. O presidente do PT na Bahia também classificou o ex-prefeito como “o bloco do eu sozinho”, criticando a postura centralizadora do adversário.
Valadares também acusou ACM Neto de desfigurar a identidade histórica do partido criado por seu avô, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães. Segundo ele, a transformação do antigo PFL em DEM, e depois na fusão que originou o União Brasil, representa a diluição do legado político do carlismo. “Agora já vai se entregar ao PP, acabando com o partido de uma vez por todas”, concluiu.

