O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), voltou a se posicionar nesta terça-feira (16) como defensor do debate público ampliado antes da votação de projetos considerados sensíveis no Legislativo da capital. À frente da CMS, o vereador afirmou que propostas como o Plano Municipal de Segurança e o projeto que trata da regulamentação de eventos na Barra exigem maior escuta da sociedade antes de avançarem em plenário.
Para Muniz, a Câmara não pode deliberar sobre temas de forte impacto social sem garantir a participação direta dos setores envolvidos e da população em geral. Segundo ele, a realização de audiências públicas é condição fundamental para legitimar as decisões do Parlamento municipal. “Esperamos que, nas audiências públicas, a população de Salvador indique o que espera desses projetos”, afirmou.
O presidente da Câmara destacou que, somente após essa etapa de escuta, a Casa poderá acelerar a tramitação das matérias. De acordo com ele, depois das audiências, a Mesa Diretora pretende convocar reunião de líderes para definir o calendário de votação. “Depois de ouvir a população, vamos reunir os líderes e marcar a votação o mais rápido possível”, disse.
Ao comentar especificamente o projeto que envolve a realização de eventos na Barra, Muniz avaliou que o debate foi conduzido de forma desequilibrada até o momento. Para ele, apenas um dos lados interessados foi ouvido, o que compromete a tomada de decisão dos vereadores. “Nós ouvimos só um lado. Precisamos ouvir todos os interessados para que cada vereador possa votar com consciência”, afirmou.
Carlos Muniz também reconheceu que, até agora, não houve tempo suficiente para promover esse debate de forma adequada. Segundo o tucano, a expectativa é que o Legislativo consiga avançar nesse processo ao longo de 2025 e início de 2026. “Projetos polêmicos precisam de tempo e diálogo. Espero que até março de 2026 a gente tenha condições de realizar essas audiências, ouvir a população e, só então, tomar uma decisão”, concluiu.
