Salvador, 17/12/2025 21:31

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Bruno Monteiro aponta Circuito Osmar como prioridade em debates sobre o Carnaval de Salvador

Foto: PAOP
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A possibilidade de alterações nos circuitos do Carnaval de Salvador voltou a ser debatida durante o lançamento das ações do Governo da Bahia para o verão. Em meio à apresentação de iniciativas voltadas a áreas como cultura, turismo, segurança e mobilidade, o futuro da maior festa popular do estado ganhou espaço nas declarações do secretário de Cultura, Bruno Monteiro.

Segundo o titular da Secult, o Carnaval segue ocupando posição estratégica na agenda cultural e turística da Bahia, embora venha passando por mudanças significativas nos últimos anos. Ele destacou que o fluxo de visitantes, antes concentrado apenas nos dias oficiais da folia, hoje se distribui ao longo de todo o verão, impulsionado por festas populares, lavagens e celebrações religiosas em diferentes regiões do estado.

A expectativa do governo é receber cerca de 10 milhões de turistas durante a temporada, com uma programação ampliada que inclui ações específicas no Centro Histórico de Salvador. O Pelourinho, em especial, deve receber atividades que reforçam a pluralidade artística e cultural da capital baiana.

Sobre o tema do Carnaval definido pela prefeitura, o secretário afirmou que, para o Governo do Estado, a diretriz é celebrar “um estado de alegria”, conceito que dialoga com a diversidade cultural, os patrimônios históricos e as riquezas naturais da Bahia, orientando toda a programação do verão.

Debate sobre os circuitos

Ao abordar diretamente a organização dos circuitos, Bruno Monteiro chamou atenção para o fortalecimento do Circuito Osmar, no Campo Grande, que vem ganhando protagonismo nos últimos anos e deve concentrar parte importante das atrações do Carnaval. Ele reconheceu, no entanto, que a discussão sobre uma possível mudança do Circuito Dodô, da Barra, para a Boca do Rio ou outra área da cidade, é recorrente e costuma reaparecer neste período.

De acordo com o secretário, o tema já avançou em outras ocasiões, mas segue sem definição prática. Ele ressaltou que qualquer decisão dessa natureza precisa ser construída de forma coletiva e participativa. “Nenhuma decisão será acertada se for de cima para baixo”, afirmou.

Monteiro defendeu que o debate inclua todos os segmentos envolvidos na festa, como artistas, produtores culturais, representantes do trade turístico, vendedores ambulantes, catadores de materiais recicláveis e trabalhadores que atuam diretamente nos desfiles, como cordeiros e cordeiras.

Ao antecipar o posicionamento do Estado, o secretário explicou que a estratégia atual é intensificar a valorização do Circuito Osmar, contribuindo para o fortalecimento do circuito tradicional e, ao mesmo tempo, reduzindo a pressão sobre a Barra, que, segundo ele, “precisa desse respiro”. O objetivo, concluiu, é garantir um Carnaval marcado pela diversidade cultural, pela segurança e pela proteção de todos os envolvidos na festa.

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