O Brasil tem como prioridade na presidência dos Brics este ano criar uma moeda própria para as nações membros para substituir o dólar nas transações comerciais entre os membros. O assunto deve aumentar a tensão do bloco com os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, a partir do dia 20 deste mês.
“Não se trata de substituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional”, defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto Joe Biden não quis rivalizar com o bloco, Trump já demonstrou ser contra a ideia antes mesmo de assumir a presidência dos Estados Unidos novamente. A provocação não intimidou o Brasil, que permanece firme na ideia da moeda. O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Os últimos cinco países aderiram recentemente ao bloco.
“Dólar ou eles enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às negociações com a maravilhosa economia americana. Eles podem procurar outro otário! Não há hipótese de o Brics substituir o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve dar adeus à América”, cravou Trump.

