O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) comentou nesta quarta-feira (26), em entrevista à imprensa na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário deverá ser conduzido à Superintendência da Polícia Federal.
Sanches afirmou respeitar as decisões da Justiça, mas avaliou que houve “exageros” no processo que levou à condenação de Bolsonaro e de outros envolvidos. “Respeitamos as decisões judiciais, mas, falando por mim, acho que houve diversos exageros ali. Eu faria questionamentos sobre os posicionamentos de todos os ministros. Precisamos tomar uma posição em relação a isso”, declarou.
O parlamentar disse acreditar que o campo político que pretende representar os eleitores alinhados ao bolsonarismo — que ele estimou em “no mínimo 30% do país” — terá de assumir o debate sobre o que considera injustiças cometidas ao longo das investigações.
“Não precisa ser radical para assumir a verdade. Acho que cometeram injustiças, não só com Bolsonaro, mas com todos os personagens envolvidos, inclusive pessoas como a Débora do Batom. Isso precisa ser questionado. Quem quiser representar a direita terá que enfrentar esse debate”, afirmou.
Sanches destacou, porém, que o candidato que buscar esse eleitorado não precisa adotar posições extremistas, mas compreender o sentimento desse segmento. “O candidato não precisa ser radical ou extremista. Ele precisa entender o espaço das pessoas”, afirmou.
O deputado ainda apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o nome mais bem posicionado no momento dentro da direita. “O candidato que hoje mais circula, que lideranças políticas querem, é Tarcísio”, concluiu.
