O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou que a tarifa de ônibus da capital deverá passar por novos reajustes nos próximos anos e atribuiu a medida às regras do contrato de concessão do transporte público. Segundo ele, os aumentos seguem critérios técnicos e jurídicos e são necessários para manter o equilíbrio financeiro do sistema.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), durante o Festival Virada Salvador, Bruno disse que ainda vai analisar os dados para definir os percentuais, mas ressaltou que a atualização dos valores é prevista em contrato. “Existe uma fórmula paramétrica que considera o período, a variação do diesel e outros custos operacionais para estabelecer o reajuste”, afirmou.
O prefeito explicou que a tarifa paga pelo usuário não cobre integralmente o custo do serviço. Atualmente, o valor cobrado nas catracas é de R$ 5,60, enquanto a chamada tarifa técnica que reflete o custo real da operação é de R$ 6,19. A diferença, de R$ 0,59 por passageiro, é arcada pela prefeitura por meio de subsídio.
De acordo com Bruno Reis, o impacto desse modelo nas contas públicas é significativo. “Quando você multiplica essa diferença pelo volume mensal de passageiros e pelos 12 meses do ano, percebe o tamanho do subsídio que o município assume”, disse. Ele confirmou que a prefeitura deverá continuar cobrindo parte do custo mesmo após novos reajustes. “Vai haver atualização da tarifa técnica e da tarifa pública, e em 2026 o município seguirá pagando a diferença”, afirmou.
O prefeito comparou o contrato do transporte coletivo a outros serviços concedidos pelo município, como a limpeza urbana, que também passam por reajustes periódicos. “Todo contrato tem correção anual para manter o equilíbrio econômico-financeiro”, disse.
Apesar de sinalizar aumentos futuros, Bruno Reis afirmou que os índices ainda não estão definidos e que a gestão municipal fará uma análise detalhada antes de qualquer decisão final.

