A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista à imprensa, que informações divulgadas pela oposição sobre a regulação do sistema de saúde estadual distorcem dados oficiais de um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo a gestora, o documento não apresenta os percentuais mencionados por críticos e reconhece avanços significativos na estrutura da rede pública.
De acordo com Roberta Santana, a Secretaria da Saúde mantém uma postura aberta ao diálogo e à transparência, especialmente em debates que envolvem dados técnicos. Ela explicou que o relatório citado pela oposição é resultado de uma auditoria iniciada em 2019 e que, em 2024, passou por uma etapa de monitoramento. No entanto, ressaltou que o documento não traz os números divulgados de forma crítica, mas sim uma análise baseada na Política Nacional de Regulação, com foco na evolução do sistema.
A secretária destacou que o próprio relatório do TCE reconhece a ampliação da rede estadual de saúde, com crescimento superior a 9,4%, incluindo a entrega de leitos em regiões que anteriormente apresentavam déficit. Além disso, houve uma expansão superior a 40% nos leitos de internamento, pediatria (PED) e neonatologia (NEO).
Outro ponto enfatizado foi a redução no tempo de regulação em diversas especialidades. Segundo Roberta Santana, o documento aponta avanços especialmente na ortopedia, considerada a principal especialidade dentro da regulação, entre um conjunto de 26 áreas analisadas. Ela observou que a oposição costuma destacar apenas as especialidades mais críticas, como oncologia e leucemia, que enfrentam escassez de profissionais em todo o país, e não apenas na Bahia.
A secretária também citou a ampliação da oferta em áreas como cirurgia torácica, lembrando a entrega do Hospital Otávio Mangabeira, que passou a atender procedimentos de cabeça e pescoço, além de cirurgias torácicas.
Roberta Santana afirmou que considera lamentável a forma como os dados têm sido apresentados ao público, uma vez que, em sua avaliação, os avanços na expansão da rede deveriam ser reconhecidos. Ela reforçou que o relatório do Tribunal de Contas é público, acessível à população, e elogiou o trabalho técnico realizado pelo órgão, que, segundo ela, foi conduzido de maneira clara e criteriosa.
