Ativista da causa antirracista, o pré-candidato a deputado Luiz Carlos Suíca (PT) repudiou o episódio de racismo sofrido pelo historiador e diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Marcelo Lemos, após ele conceder entrevista a uma emissora de rádio da capital baiana esta semana.
Em seu perfil nas redes sociais, o gestor da autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) contou ter recebido uma série de questionamentos sobre a sua competência, que teria sido colocada em xeque por conta do seu cabelo e aparência física. Ele prestou queixa na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (DECRIN).
Em nota, Suíca prestou solidariedade ao colega e reiterou que casos como esse não podem passar batido. “É revoltante ver mais um caso de racismo, uma violência que não deveria acontecer com ninguém, em hipótese alguma”, destacou.
O pré-candidato, que tem forte atuação nos segmentos sociais, ainda usou uma frase da filósofa e ativista contra discriminação social e racional Angela Davis para externar sua indignação: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista”, disse.
Suíca ainda lembrou que Marcelo tem uma série de serviços prestados à cultura baiana, tendo assumido papel de destaque na coordenação de eventos como o Carnaval e a Conferência de Cultura.
“Expresso o meu mais profundo repúdio a esse episódio lamentável sofrido por Marcelo Lemos, uma pessoa competente e que preza pelo nosso patrimônio artístico e cultural”, completou.
