A edição 2025 do Trilha Associativa, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) em parceria com o Sebrae Bahia, foi concluída com a apresentação de resultados nos quatro eixos que compõem o programa: Associativismo, Mentoria, Ciclo de Mulheres da Indústria e Benchmarking. Segundo a FIEB, o projeto tem buscado modernizar práticas sindicais, ampliar conexões e fortalecer a representatividade industrial no estado.
Durante o encerramento, o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, destacou a participação ativa dos sindicatos no programa. “A melhor forma de melhorarmos as entregas é trazer os associados para dentro do Sistema. Assim a gente vai conquistando mais espaço, mais reconhecimento e, no final do dia o que importa é a satisfação das empresas e dos sindicatos com o nosso trabalho”, afirmou.
O assessor da Diretoria da Superintendência (DISUP) do Sebrae Bahia, Dias Neto, também comentou a parceria entre as instituições. Ele ressaltou que o trabalho de estímulo ao associativismo é “importantíssimo, pois é isso que torna viável o ambiente de negócios. Neste ano, inovamos com um eixo diferente, que foi o eixo das mulheres da indústria, e isso é um avanço, então vamos continuar avançando com essa parceria”, disse.
A coordenadora de Associativismo e Negócios da FIEB, Luciane Vivas, avaliou que a edição consolidou um modelo mais integrado e estratégico. “Os resultados alcançados em cada eixo do projeto, das mentorias ao benchmarking, passando pelo Ciclo de Mulheres e pelas ações de associativismo, reforçam a importância de ampliarmos nossa capacidade de representação, fortalecendo os sindicatos e, consequentemente, gerando mais competitividade para a indústria baiana”, explicou.
Resultados por eixo
No eixo Associativismo, o programa registrou crescimento da base de associados, passando de 1.503 para 2.065 empresas, o equivalente a 27,21% de aumento desde 2022. O ciclo atual contabiliza 240 novas associações. Ao todo, 562 empresas foram atendidas por 32 sindicatos, ampliando a atuação institucional para 58 municípios.
Entre as lideranças, o presidente do Sindicato dos Panificadores da Bahia, João Batista Ferreira, avaliou que o eixo contribuiu para reorganizar estratégias sindicais. “O Trilha vem, mostra os caminhos e cobra para que a gente siga no caminho. Então é isso que é importante, a gente precisava disso, precisava de alguém que nos chamasse a atenção e nos mostrasse como é que nós poderíamos fazer. Isso o Trilha tem feito perfeitamente. Nosso sindicato cresceu muito”, afirmou.
No eixo Mentoria, 24 sindicatos receberam acompanhamento em áreas como gestão, planejamento e comunicação. Foram desenvolvidos 36 planos de ação e realizadas 198 reuniões. Para o presidente do Sinec, Silvio Comin, o processo representou um “divisor de águas”. “A gente conseguiu desenvolver novas ações, fez um planejamento de médio e longo prazo e atingiu resultados espetaculares”, avaliou.
O Ciclo de Mulheres da Indústria reuniu 78 participantes de 21 sindicatos em 16 encontros distribuídos em oito módulos, além de visitas técnicas. A programação buscou aproximar mulheres de espaços de decisão dentro dos sindicatos e da FIEB. A vice-presidente da Federação, Renata Muller, destacou a importância do eixo. “A confirmação da continuidade da parceria com o Sebrae, celebrada durante o encerramento, reforça a perspectiva de expansão dessa agenda de equidade nos próximos anos”, pontuou.
O eixo Benchmarking promoveu missões técnicas com mais de 40 representantes de 18 sindicatos, incluindo visitas às federações industriais do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul. No setor de papel e celulose, o Sindipacel sediou um encontro nacional em Salvador. O presidente da entidade, Fernando Branco, apontou que as trocas contribuíram para aprimorar processos internos. “Para se ter uma ideia, o Trilha acabou sendo a nossa ferramenta de gestão ao longo desse ano. Ou seja, a planilha que nós montamos para acompanhar as reuniões do Trilha Associativa acabou sendo a planilha que nos ajudou a gerir esse nosso eixo, que é o eixo central do Sindipacel na defesa de interesse”, afirmou.
Com a conclusão da edição 2025, o Trilha Associativa segue como um programa voltado à integração e ao desenvolvimento institucional, com novas ações previstas para 2026, incluindo atividades no interior, atualização do modelo de mentoria e ampliação das práticas de cooperação entre sindicatos e empresas.

