O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu nesta quarta-feira (26) ao relato do prefeito de Riachão das Neves, Moab Santana (Republicanos), que afirmou ter sido “assediado” por lideranças da oposição para abandonar a base governista. O petista classificou o episódio como uma prática política ultrapassada e voltou a atacar o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador.
Moab, que não apoiou Jerônimo nas eleições de 2022, afirmou em vídeo que recebeu ligações e recados com pressões e ofertas para migrar para a oposição. “Fui muito assediado essa semana para sair fora da base do senhor governador, mas eu quero dizer que estou contigo e não abro”, declarou o gestor, que esteve em Salvador para assinar convênios.
Ao comentar o caso, Jerônimo disse que a relação com Moab sempre foi institucional e negou qualquer tipo de negociação política em troca de apoio. “O prefeito Moab não votou em mim, não fez campanha para mim. As pessoas confundem a forma de tratar. Nós não tratamos prefeito fazendo troca de moedas entre benefício e voto”, afirmou.
O governador também criticou diretamente Expoentes do carlismo, sem citá-los nominalmente, mas em referência clara ao ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). “Espero que esse tipo de comportamento a gente elimine, já foi o tempo do coronelismo. Muito embora o ex-prefeito, como é neto do movimento carlista, ainda guarda um ranço de chantagem ou de braveza. Ele que não gosta de pobre, ele que não gosta de interior”, disse.
Jerônimo ainda citou a foto criticada por Geddel Vieira Lima (MDB), que apontou ausência de pessoas negras em um registro divulgado por aliados da oposição. “Não sei se ele fez aquilo para afrontar o mês de novembro, mas é aquele jeito mesmo dele”, afirmou.
O petista reforçou que seu compromisso com Riachão das Neves e outros municípios não depende de alinhamento eleitoral. “Ele não votou em mim, mas o povo não merece castigo. O que me comprometi no município foram compromissos com a população daquele lugar”, disse.
Jerônimo voltou a destacar sua agenda de entregas e programas sociais como resposta ao embate político. “Minha marca é trabalhar. Eu aprendi com meu pai, um vaqueiro, que a gente não brinca com a verdade. Não estou brincando de governar”, declarou.

