Salvador, 27/11/2025 07:45

Brasil

Angelo Coronel defende uso de inteligência no combate ao crime organizado e elogia criação de CPI

Angelo Coronel
Foto: Divulgação
fallback user

Compartilhe:

google-news-follow
publicidade
728-X-901

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (4), que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Crime Organizado chega “até tarde”, mas em um momento importante para o país. O parlamentar destacou que o avanço do narcotráfico e das facções criminosas exige ações coordenadas e baseadas em inteligência, e não apenas em força policial.

“O crime organizado já está implantado no Brasil há anos. O narcotráfico campeia livremente, com poucos estados sendo exceção. Essa CPMI pode alertar os governantes de que precisamos ter ações rápidas e inteligentes no combate ao crime organizado”, disse Coronel.

Para o senador, o trabalho da CPMI deve servir de estímulo para que os estados mais estruturados compartilhem experiências e tecnologias com aqueles que enfrentam dificuldades no enfrentamento à criminalidade. Ele defendeu ainda o uso de inteligência estratégica para identificar as rotas de entrada de drogas e armas no território nacional, antes da aplicação de medidas repressivas.

“Temos que descobrir os focos, por onde entra, quem compra e quem distribui. Isso não se descobre por vias normais, é preciso usar inteligência. Depois de identificados os caminhos, aí sim se usa a força para o combate”, afirmou.

Coronel também chamou atenção para a necessidade de reforçar o monitoramento das fronteiras brasileiras, destacando que o país faz divisa com 11 nações e possui cerca de 17 mil quilômetros de fronteiras terrestres. Segundo ele, o sistema de vigilância da Amazônia ainda opera com apenas 30% da capacidade, o que fragiliza o controle sobre o contrabando e o tráfico de drogas e armas.

“Essa CPMI pode servir para que o governo federal invista rapidamente na conclusão do monitoramento da Amazônia, por onde entram drogas, armas e produtos contrabandeados”, observou o senador.

O parlamentar também citou a situação da Bahia, afirmando que o estado precisa intensificar a fiscalização de suas fronteiras internas para impedir a entrada de drogas e armamentos vindos de outras regiões. Ele elogiou o trabalho das forças policiais baianas e do atual secretário de Segurança Pública, mas reforçou a necessidade de melhor aparelhamento e capacitação das corporações.

“A polícia militar e a civil da Bahia trabalham muito, mas é preciso dotá-las de armamento e inteligência. Precisamos acabar com a benevolência com o banditismo”, disse.

Por fim, Angelo Coronel defendeu que a CPMI ouça todos os agentes envolvidos na segurança nacional, incluindo governadores, secretários de Segurança Pública, ministros da Justiça e da Defesa, comandantes do Exército e gestores de portos e aeroportos.

“Temos que ouvir todos que têm relação com as fronteiras do Brasil. É uma luta que precisa da união de todos os entes federativos”, concluiu.

Gostou? Compartilhe!

google-news-follow

LEIA TAMBÉM

publicidade