O deputado federal Leo Prates (PDT-BA) admitiu nesta quinta-feira (30) a possibilidade de deixar o PDT devido ao impasse entre seu alinhamento político estadual com ACM Neto e a adesão do partido à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. As declarações foram feitas antes do Seminário “Alternativas para o Fim da Escala 6×1”, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
“Eu sou muito feliz no PDT, eu estive com o Carlos Lupi, nós tivemos essa semana uma reunião grande, sou presidente do Movimento Nacional do PDT Animal, sou membro da Executiva Nacional, sou presidente da Comissão do Trabalho”, iniciou Leo Prates, destacando sua inserção nas estruturas nacionais do partido.
O parlamentar enfatizou o prestígio que possui no PDT em âmbito nacional. “Nas arrumações lá de Brasília, foi o partido que me indicou, eu estou dizendo tudo isso para mostrar a vocês como a relação com o PDT é extremamente profícua, sou amigo do Carlos Lupi e do Félix Mendonça Júnior”, afirmou, referindo-se ao presidente nacional do partido e ao dirigente estadual.
Leo Prates abordou o impasse no cenário baiano. “Nós temos um problema, que é que aqui na Bahia eu sou da base do ACM Neto e o partido foi para a base do Jerônimo. Se nós vamos conseguir superar esse momento, eu não sei, não é uma costura fácil”, reconheceu.
O deputado admitiu a possibilidade de mudança de legenda. “Há possibilidade, eu diria, há possibilidade de filiação ao União Brasil, há sim”, disse, mencionando o partido de ACM Neto.
Leo Prates destacou ainda o reconhecimento recebido do presidente da Câmara dos Deputados. “Mas hoje eu avanço muito e estou muito feliz, inclusive com o prestígio, com o carinho que tem sido me tratado do presidente Hugo Mota”, afirmou, referindo-se ao dirigente do Republicanos.
O parlamentar reafirmou seu desejo de permanecer no PDT. “Meu primeiro plano é ficar no PDT, onde eu me sinto bem, não é uma costura fácil pelas questões locais aqui, nacionalmente eu estou muito bem no PDT”, declarou.
No entanto, Leo Prates apontou sua alternativa preferencial caso precise deixar o partido. “Mas se eu tiver que sair, eu diria que o caminho mais natural, logicamente, eu vou escutar, a decisão será minha, mas eu vou escutar o ACM Neto e vou escutar o Bruno Reis, mas eu diria que o caminho mais natural, se eu tiver que sair do PDT, é o Republicanos”, afirmou.
