Durante a abertura da Constru Nordeste 2025, nesta quarta-feira (15), no Centro de Convenções de Salvador, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, destacou a importância do evento para o fortalecimento da construção civil na região e comentou sobre os impactos do chamado “tarifaço” nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Segundo Passos, a Constru Nordeste, considerado o maior evento da construção civil do Norte e Nordeste, vem sendo construída pela FIEB ao longo dos últimos anos com o objetivo de impulsionar o setor, fomentar inovação e atrair novas indústrias.
“A Constru Nordeste é um evento que a FIEB tem construído ao longo dos últimos anos e tem como objetivo melhorar o setor, trazendo para esse evento novas indústrias, indústrias de materiais que tragam novos produtos, realizar palestras, encontros para que a construção civil possa continuar crescendo, ocupando o espaço que ela tem na economia da Bahia, oferecendo melhores imóveis, melhor infraestrutura para que a Bahia possa crescer”, afirmou.
Além de abordar o cenário da construção civil, o presidente da FIEB também comentou sobre o impasse gerado pelo aumento de tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos — conhecido como tarifaço — que tem afetado diretamente a indústria baiana. Segundo ele, o cenário inicial era de apreensão, diante da falta de abertura para negociação, mas agora há um clima de otimismo com a retomada do diálogo entre os governos.
“No primeiro momento, ficamos sem uma visão de abertura de negociação, mas nesse momento, os governos começaram a se conversar e esse é um ponto que traz a expectativa de um entendimento e de uma recuperação de um comércio que já dura mais de séculos”, avaliou.
Carlos Henrique também ressaltou que muitas indústrias na Bahia dependem do comércio bilateral com os Estados Unidos, seja como destino para seus produtos, seja como fornecedoras de insumos, e que essa relação é fundamental para a manutenção de empregos e o equilíbrio econômico do setor.
“Aqui na Bahia nós temos diversas indústrias que precisam desse relacionamento com o mercado americano, seja para receber consumo, seja para mandar produtos, e porque atuam de forma complementar”, explicou.
Por fim, o dirigente da FIEB afirmou que o setor industrial baiano está esperançoso com a possibilidade de restabelecimento das condições comerciais anteriores ao tarifaço. “Estamos agora num ambiente de muita expectativa e de esperança para que esse entendimento possa propiciar um ambiente de negócios anterior ao tarifaço e manter os empregos que são necessários aqui na indústria da Bahia”, concluiu.
A Constru Nordeste 2025 segue até sexta-feira (17), reunindo empresários, representantes do poder público, fornecedores, engenheiros, arquitetos e especialistas em construção civil de todo o país.

