Nesta terça-feira (26), aconteceu o lançamento da 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) na Biblioteca Central do Estado da Bahia, nos Barris, em Salvador. Presente no evento, Vanessa Dantas, ex-diretora executiva da Fundação Hansen Bahia e atual embaixadora da festa, abordou o crescimento significativo da FLICA e afirmou que esse é um desafio.
“A gente já vem percebendo isso. Na edição de 2022, acho que nós tivemos uma média de 60 mil pessoas, em 2023, 80 mil, em 2024, chegamos a 100 mil pessoas na cidade. É muito bacana, é muito gostoso, mas tem desafios”, pontuou Vanessa em conversa com a imprensa.
“Acredito que o nosso governador Jerônimo Rodrigues é sensível a essas questões de promover desenvolvimento através do turismo, através da literatura. E, com certeza, fará os investimentos necessários para que a gente possa promover esse crescimento. Do que depender da coordenação da FLICA, com certeza o evento vai ser cada ano mais bem elaborado e mais forte para que possa atrair mais pessoas”, ressaltou.
Vanessa finalizou: “A FLICA é uma queridinha do Brasil, do Nordeste, da Bahia. E eu, com essa missão agora, vou realmente tentar trazer mais ainda esse público para perto de nós, para acompanhar aí todos os dias.”
FLICA
A feira, que vai ser realizada de 23 a 26 de outubro, com o tema “Ler é massa!”, e com o apoio do Governo da Bahia, por meio da Fundação Pedro Calmon e da Secretaria de Educação do Estado, representa um espaço de democratização do acesso ao livro e ao conhecimento, reunindo na cidade histórica de Cachoeira autores baianos, nacionais e estrangeiros, com a participação de estudantes das redes estadual e municipal.
Considerando que o acesso à leitura contribui para a formação dos cidadãos e seu desenvolvimento intelectual e que as feiras literárias da Bahia se constituem como espaços importantes para a formação de leitores em todo o Estado, para a SEC, realizar a 13ª FLICA significa ampliar as experiências culturais e educacionais dos indivíduos, junto a escritores, artistas, contadores de histórias e público em geral.
O Governo da Bahia, através das secretarias estaduais da Educação e de Cultura, investe no Programa Bahia Literária, que fomenta feiras, festas e festivais literários em todo o Estado. Coordenado pela Fundação Pedro Calmon (FPC), o programa busca democratizar o acesso à leitura e fortalecer a cadeia produtiva do livro, com um investimento de R$ 24,3 milhões em 81 eventos até o primeiro semestre de 2026.
Espaços literários
Festa literária inclusiva e transformadora, com acesso gratuito, indicação etária livre, acessibilidade, tradução de libras e audiodescrição, a FLICA reúne curadorias que expressam a diversidade de olhares sobre a literatura. A feira se estrutura em três principais espaços. Na Tenda Paraguaçu, o público vai acompanhar mesas literárias que trazem à cena autores de alcance nacional e internacional, sob a curadoria de Wesley Correia, poeta, ensaísta e pesquisador e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA.
A Fliquinha, dedicada às infâncias, tem curadoria de Emília Nuñez, escritora premiada com o Jabuti 2023 e referência na literatura infantil brasileira. Já o Geração Flica conversa com o público jovem e conta com curadoria de Deco Lipe, ator, escritor e criador do projeto Primeira Orelha, iniciativa dedicada à literatura infantojuvenil e com representatividade LGBTQIAPN+.
A programação da FLICA contemplará espaços onde o público poderá se conectar com uma variedade de experiências, explorando diferentes atividades em locais como o Espaço Bahia Presente / Casa do Governo – ambiente produzido para abrigar as ações das secretarias estaduais, envolvendo exposições, oficinas, apresentações artísticas, saraus, filarmónicas, fanfarras e outras expressões culturais. Haverá, também, a Casa dos Autores e das Autoras Brasileiras, Casa do Patrimônio e Praça Ubaldino.
Realizado pela empresa Schommer, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e a Livraria LDM, o evento tem curadoria artística de Linnoy Nonato, cantor, compositor e produtor musical, que pretende imprimir à festa uma identidade sonora sensível à diversidade cultural da Bahia, com apresentações de expressões baianas, regionais e nacionais.
