Corregedor da Câmara dos Deputados, o deputado federal baiano Diego Coronel (PSD) anunciou que não haverá punição coletiva aos parlamentares bolsonaristas envolvidos no motim ocorrido na última semana.
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (13), ele garantiu que cada caso será analisado separadamente. “Vamos analisar individualmente. Não vamos tomar uma decisão como se fosse colegiada”, afirmou.
Coronel disse que os acusados terão cinco dias úteis para apresentar suas defesas. Após esse prazo, a Corregedoria terá até 45 dias para concluir o relatório final.
“A gente tem que abrir espaço para o contraditório e dar o direito de ampla defesa, […] consequentemente eles têm cinco dias úteis para apresentar suas defesas. Posteriormente, volta para a Corregedoria para que a gente em até 45 dias possa apresentar o relatório final. Eu gostaria de frisar esse ‘em até’, porque eu não pretendo utilizar esse prazo e não estou pedindo ampliação de prazo” completou.
Além disso, o corregedor disse que não estava presente na Câmara durante a invasão à mesa e à cadeira do presidente, mas acompanhou a ação pela imprensa. “Eu não estava aqui na Casa. Estava em uma agenda externa. Acompanhei pelas imagens da Rede Globo”, completou.
Os seguintes deputados foram denunciados à Corregedoria: Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Carol de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Luciano Zucco (PL-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zé Trovão (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS), Júlia Zanatta (PL-SC) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
A deputada Camila Jara (PT-MS) também foi alvo de representação, mas em outro processo. Ela foi denunciada pelo deputado Nikolas Ferreira por suposta agressão durante a confusão no plenário. Camila nega a acusação, que será analisada separadamente por se tratar de um desdobramento do motim e não de obstrução da Mesa.

