O deputado federal Zé Neto (PT) rebateu as críticas feitas pelo ex-prefeito de Salvador Zé Neto (PT). Durante anúncio em Brasília na terça-feira (11), o vice-presidente nacional do União Brasil, afirmou que o partido, junto ao Progressistas, oficializou o fechamento de questão contra qualquer proposta de aumento de impostos no Congresso Nacional. A medida, segundo Neto, é uma resposta à má gestão do governo federal, que, nas palavras dele, “gasta muito e gasta mal”.
“Não é justo a fala do ex-prefeito de Salvador, quando ele diz que o governo não tem feito esforço para reduzir gastos. O governo, inclusive, fez o dobro de esforço, que no início era pedido pelo mercado. O mercado falava em torno de R$ 15 bilhões, o governo já fez um corte de R$ 31,3 milhões. [O governo] está entre os quatro que mais economizaram nesses últimos três anos no mundo. O Brasil, além disso, está longe do top 10 dos países que pode se considerar que tem um gasto público grande e uma dívida pública grande. O Brasil hoje está em 23º na lista dos países desenvolvidos”, disse Zé Neto em entrevista ao Política Ao Ponto.
O parlamentar seguiu: “E quem está lá na frente, bem na frente, são países como o Japão, que tem mais de 250% de dívida com relação ao PIB. E os Estados Unidos, que ultrapassam também 120%. A Itália com 134%, o Reino Unido tem mais de 100% também, França tem mais de 110%. Isso é importante a gente salientar para que a mentira repetida não se torne, como estão tentando o tempo todo, uma verdade camuflada”.
O deputado pontuou que ACM Neto “também esquece que os órgãos e ministérios do país precisam de investimentos, especialmente os que eles comandam”. “Estamos falando de uma máquina pública que se nós deixarmos esse discurso, que tem mais de interesse político do que propriamente de interesse do Estado brasileiro progredir, a gente vai fazer o que com as políticas sociais?”, questionou.
“O que nós precisamos fazer é colocar a conta no andar de cima como o mundo todo faz, especialmente os Estados Unidos que sempre foi a referência dessa turma e está lá cobrando muito mais do que o Brasil cobra, taxando quem chega de fora, taxando sem nenhum critério. Tem a situação também da própria Europa que está se protegendo dessa forma e outros tantos. Nós temos que ter responsabilidade com o erário público e vamos fechar esse ano com a situação do déficit primário resolvida para que a gente continue dando estabilidade ao Brasil”, disse.
O petista ressaltou que “o Brasil não está mal, pelo contrário”. “Estamos com o menor desemprego da série histórica e olha que tem mais de 20 anos essa série histórica. Estamos com o PIB crescendo entre os quatro maiores crescimentos de PIB do mundo. Isso é uma grande virtude para a nossa economia. Estamos retomando todos os investimentos no país. O país tem um amplo espaço de crescimento para a energia limpa e desenvolvimento da economia”, ressaltou.
O deputado completou: “O que eles precisam entender é que eles têm que deixar a eleição, o sentimento eleitoral e ideológico de lado, para pensar no Brasil como Estado brasileiro. E pensar na nossa gente com o cuidado de que precisa de investimento. Tem que acabar com essa história de que só pensam no povo quando é hora da eleição. Quando é hora da eleição, eles querem que a conta caia para cá. Tem que ter cuidado e a gente tem que pagar essa conta e saber onde encaixá-la. Não pode encaixar e nem jogar para que o povo pague novamente. Com diálogo e pé no chão se resolve as coisas. Agora com um discurso fácil e ideológico, não tem saída para o que a gente precisa do Brasil”.

