A executiva nacional do PSDB aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), a alteração de seu estatuto interno, abrindo caminho para a fusão com o Podemos. A decisão marca um novo passo na reestruturação tucana após anos de esvaziamento político, perda de lideranças e queda de representatividade no Congresso.
O próximo passo será a realização de uma convenção nacional conjunta entre os dois partidos, que deverá oficializar a união. A data ainda não foi divulgada, mas a expectativa entre dirigentes é de que o encontro ocorra nas próximas semanas. A nova legenda está sendo provisoriamente chamada de “PSDB+Podemos” e, após a convenção, o processo seguirá para análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por homologar oficialmente fusões partidárias.
Com a fusão, o novo partido passará a contar com 28 deputados federais, formando a sétima maior bancada da Câmara dos Deputados. No Senado, ocupará a quarta colocação, com sete senadores. A aliança também garantirá maior fatia dos recursos públicos destinados às agremiações partidárias: R$ 384,6 milhões do fundo eleitoral e R$ 77 milhões do fundo partidário, conforme os valores de 2024 — a sexta e a oitava maiores parcelas, respectivamente.
A movimentação é vista como tentativa de reaglutinar forças do centro político nacional e reposicionar o PSDB no cenário partidário brasileiro. Após desempenhos eleitorais frustrantes e a saída de quadros históricos, a sigla busca, com a fusão, ampliar sua influência nas disputas municipais de 2024 e nas articulações para as eleições gerais de 2026.

