O senador Sergio Moro (União Brasil) fez duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (4), durante evento em Salvador para o lançamento da pré-candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). O ex-juiz da Lava Jato afirmou que a corrupção voltou a crescer no país e defendeu uma frente unificada de partidos de direita e centro-direita para disputar a eleição de 2026.
“A roubalheira está totalmente descontrolada. Acabou a prevenção à corrupção. A primeira coisa que esse governo Lula fez foi atacar a lei das estatais, que foi criada após a Lava Jato para evitar esse descalabro administrativo”, disse Moro, ao afirmar que o país perdeu sua referência moral. “A moral do país foi destruída pelo governo Lula e aí não tem como o país dar certo”, afirmou. Ele também disse que o combate à corrupção deve estar no centro da disputa eleitoral de 2026.
Na avaliação de Moro, o momento exige uma liderança “com mão firme” para enfrentar tanto a criminalidade quanto os desvios administrativos. “A gente precisa de um presidente forte, firme. Não pode ter um presidente que passe a mão na cabeça dos criminosos, como é esse governo federal, que é conivente”, declarou. “O Caiado está se apresentando como pré-candidato. Precisamos dessa aglutinação lá na frente.”
Ao ser questionado sobre a eventual volta de José Dirceu ao cenário político, Moro foi enfático. “Ele foi condenado na Lava Jato, aí depois dessa reviravolta política acabou sendo beneficiado. Mas ele já tinha sido condenado pelo mensalão pelo STF. Cidadão considerado corrupto pela maior Corte do país falando abertamente em nome do PT, do Lula. Isso é uma vergonha para o país.”
O senador também sinalizou que a eleição presidencial foi antecipada. “A corrida presidencial acabou antecipada, porque o governo Lula já acabou. Ninguém aguenta mais. Tenho certeza que em 2026 os partidos de direita e centro-direita vão se unir para derrotar o PT e o Lula.”

